Distúrbio do processamento auditivo- dpa
Segundo ASHA- 1996, Processamento Auditivo é a série de mecanismos e processos realizados pelas vias cognitivas responsáveis pelos comportamentos de localização e lateralização sonora; discriminação auditiva; reconhecimento de padrões auditivos; aspectos temporais da audição, como resolução, mascaramento, integração e ordenação temporal; e desempenho auditivo na presença de sinais acústicos degradados ou competitivos. Uma pessoa com diagnóstico DPA não tem lesão em suas vias auditivas, mas apresentam comportamento, atitudes e dificuldades de aprendizagem semelhantes à de um surdo leve.
Para ouvir é preciso ter a intenção de escutar, manter essa atenção e decodificar, ou seja, entender o que a mensagem quer dizer. As pessoas com DPA escutam bem , mas apresentam dificuldade, principalmente, de localizar o som, discriminar o tempo, freqüência e intensidade com que esse som chega, ficando totalmente à mercê do ambiente. São ditas como desatentas, dispersas, desastradas, entre outras. Quanto mais ruído mais habilidades auditivas eu preciso, além da audição. Quando ouvimos bem e evitamos as privações auditivas estimulamos nossa cognição, evitando problemas de aprendizagem. É preciso ter condição de escuta, competência e eficiência, já que a audição acontece no tempo, não é estática. Quanto mais energia gastamos para tentar ouvir e entender, menos energia sobra para a cognição.
As principais queixas de professores e familiares de seus alunos e filhos são:
- reações de desconforto para sons intensos;
- choro para ruídos, nem sempre intensos;
- aumento do tempo de latência das respostas;
- Parece desligado, precisa ser chamado várias vezes;
- dificuldade de localização sonora;
- falha na triagem auditiva comportamental;
- déficit de compreensão;
- Dificuldade para entender piadas, idéias abstratas ou com duplo sentido;
- Dificuldade para gravar nomes, datas, números etc.;
- alterações na emissão de /r, l, s, z/;
-