Distinção entre o método socrático e o método dos sofistas.
Texto individual:
A natureza pedagógica da filosofia, a sua influência na formação do espírito foi tematizada e tornada consciente, pela primeira vez, pelos sofistas.
O ponto de vista dos sofistas torna-se, por si só, na capacidade de vencer nas discussões, de se superiorizar ao adversário. A filosofia torna-se uma tecnê ao serviço do sujeito; de um modo de manipulação do discurso como meio de exercer influência sobre os outros, o campo da palavra fica delimitado pela tensão entre dois discursos sobre cada coisa.
Os sofistas representam o triunfo do efémero, ensinam a melhor maneira de tirar partido da situação, de saber escolher o momento propício, a oportunidade. Considerado um tipo de homem muito próximo do “político”; (mundo da ambiguidade). Aparece como o teórico que logifica o ambíguo e que faz dessa lógica o instrumento apto a fascinar o adversário, capaz de fazer triunfar o mais pequeno sobre o maior, torna-se o discurso num instrumento, sem dúvida, mas de modo nenhum um instrumento de conhecimento do real, do verdadeiro.
A sofística logifica o ambíguo, o terreno da ambiguidade é aquele em que melhor pode exercer-se a habilidade sofística (a capacidade de encontrar razões para tudo, de justificar qualquer acção possível). Toma-se como ponto de partida, que a razão é a capacidade de justificar tudo. No intuito de formar cidadãos aptos a superiorizarem-se, os sofistas fundaram três disciplinas que ensinavam; a Gramática, Retórica e a Dialéctica.
A antropologia sofística, é uma concepção do homem em termos de acção, o homem define-se pela sua capacidade de manipulação das coisas e do pensamento; o relativismo sofístico, caracteriza-se pela afirmação do nada, de natural, isto é convenção. Todo este conceito se aplica tanto à religião, como à política ou à vida social. O relativismo significa a afirmação de que, sendo cada homem a medida de todas as coisas, não há uma medida comum.
Opondo-se