DISSERTA O DE ANTROPOLOGIA COMPARA O STRAUSS E BOAS
COMPARAÇÃO ENTRE RAÇA E HISTÓRIA, CLAUDE LÉVI-STRAUSS COM AS LIMITAÇÕES DO MÉTODO COMPARATIVO DA ANTROPOLOGIA, FRANZ BOAS.
CRÍTICAS COMPLEMENTARES
Franz Boas e Claude Lévi-Strauss, em suas obras de 1896 e 1952, respectivamente, apresentam suas teses quanto às falhas dos métodos e teorias utilizados para as pesquisas antropológicas, referentes à evolução humana e sua respectiva cultura. Ambos concordam que os métodos devem ser revistos ou reinventados. Boas, mais técnico, sugere uma abordagem mais ampla de análise e Strauss, mais retórico, afirma que a maneira como se observou as culturas, nada mais fez, senão reforçar a supremacia racial.
A relação entre os dois trabalhos está no entendimento da uniformidade mental, sendo que esta não seria suficiente para traçar a evolução cultural, deveria ser analisada uma série de outros fatores (geográficos, históricos, psicológicos, etc, e cruzados entre si) para que os resultados das pesquisas chegassem o mais próximo da realidade, entendendo ainda, que esta tarefa não seria simples de se alcançar, pelo espaço temporal que divide a existência de determinado grupo e a ocasião da pesquisa. Com base nesses entendimentos os trabalhos poderiam diferir-se no que diz respeito às propostas, sendo que o de 1896 sugere um novo método, contestando o anterior (Método Comparativo) de maneira preliminar e o de 1952, contesta-o de fato, pede prudência, vai mais fundo quanto às suas consequências (racismo, por exemplo), uma vez que a história da antropologia, até aquela data, já deveria ter derrubado as teorias do Método Comparativo e do Evolucionismo.
Boas e Strauss entendem a uniformidade mental, enquanto referência de capacidades. Egípcios e mexicanos têm a mesma capacidade de construir uma pirâmide, por exemplo, mas isso não significa que uma pirâmide tem o mesmo objetivo ou simbolismo para ambos os povos, ou seja, cada um escolhe sua cultura, fazendo coisas diferentes de