dislexia
Apesar da dislexia ser classificada como uma dificuldade de aprendizagem, não há conexão alguma entre dislexia e a capacidade intelectual da pessoa. Pessoas de todos os níveis de habilidades intelectuais – maior ou menor níveis de inteligências – podem ser afetadas pela dislexia. Portanto, a dificuldade de uma criança com a leitura ou soletração não é determinada pelo seu nível de inteligência, mas sim pela severidade da dislexia. As crianças com inteligência média e dislexia leve podem ser mais hábeis na leitura e na escrita do que as crianças com níveis altos de inteligência e dislexia severa.
Alguns profissionais argumentam que é incorreto classificar a dislexia como um problema relacionado com níveis de inteligência, enfatizando que sua manifestação está relacionada com uma forma diferente de pensar. Esta forma diferente faz uso de outras habilidades e outros recursos, criando estratégias de sobrevivência no ambiente escolar e na vida de um modo geral.
Percebo que a maioria dos métodos educacionais e muitas áreas de trabalho têm a tendência de enfatizar as dificuldades e as áreas em que as pessoas com dislexia mais têm problemas, como a leitura, a escrita, a recordação de listas e sequências, organização e planejamento. Contudo, as áreas que algumas pessoas com dislexia demonstram maiores habilidades, como raciocínio criativo, percepção visual, solução de problemas (do nosso jeito...) e comunicação verbal parecem ser enfatizadas somente em algumas situações quase obscuras.
Alguns estudos com imagens cerebrais, como os da Dra. Eden (George Washington University, USA), mostram que as pessoas com dislexia usam partes diferentes do cérebro, e que fazem um uso maior do hemisfério direito, que está envolvido nos aspectos mais criativos do