Dislexia
Este trabalho fará a abordagem de uma problemática comum existente no processo de aprendizagem de muitos indivíduos, ou seja, a dislexia. Faz-se necessário a compreensão dos fatores que podem levar à formação de leitores deficientes.
A palavra dislexia é derivada dos radicais gregos dis (dificuldade) e lexia (palavra). Os primeiros registros de dificuldade de leitura e escrita surgiram na data de 1896, quando o médico inglês Pringle Morgan, documentou o caso de um menino que tinha sérias dificuldades com palavras escritas e letras, apesar de ter boas habilidades em outras áreas (CAPOVILLA, et al, 2001).
Como variam as definições sobre a dislexia, também variam os fatores que são apontados como causais por diferentes teorias. No início a dislexia foi relacionada à dificuldade no processamento visual. Atualmente como descreve Estill (2007), ela vem sendo apontada como uma dificuldade específica da linguagem, que se apresenta nos momentos iniciais da aprendizagem da leitura e da escrita. A autora afirma que é mais fácil conceituar a dislexia pelo que ela não é do que defini-la pelo que ela é.
Vallet (1990) explica que a dislexia é um dos fatores que leva seus portadores, na maioria das vezes, a abandonar os estudos pela falta de compreensão de suas deficiências por parte dos pais, professores, educadores e pela sociedade como um todo, sendo “rotuladas” sem que haja um diagnóstico realizado por uma equipe de profissionais.
Zorzi (2006) define a dislexia como um transtorno de aprendizagem na área da leitura e escrita e soletração, que é apontada como o distúrbio de maior incidência na sala de aula. Segundo a Organização Mundial da Saúde, 8% da população mundial e disléxica, outras pesquisas como da Associação Brasileira de Dislexia indicam que os números de disléxicos podem chegar a 15% da população do mundo.
Boder (1973 apud PESTUN, CIASCA e GONÇALVES, 2002) enfatiza a necessidade de uma equipe de profissionais para formular hipóteses