Dislexia
Dentre os vários conceitos existentes a cerca da Dislexia, destacamos dois: “A dislexia caracteriza-se por uma dificuldade em adquirir a leitura na idade habitual, excetuando-se qualquer debilidade ou deficiência sensorial. A essa dislexia se associam dificuldades de ortografia, de onde o nome de dislexia-disortográfica. Ajuriaguerra (1984). Bem como a definição feita a partir da idéia de Orton (1925), Herman (1959), Eisenberg, Money, Rabinovit: “A dislexia é uma dificuldade acentuada que ocorre no processo da leitura, escrita e ortografia. Não é uma doença, mas um distúrbio com uma série de características. Ela torna-se evidente na época da alfabetização, embora alguns sintomas já estejam presentes em fases anteriores. Apesar de instrução convencional, adequada inteligência e oportunidade sócio cultural e sem distúrbios cognitivos fundamentais, a criança falha no processo da aquisição da linguagem. Ela independe de causas intelectuais, emocionais ou culturais. É hereditária e a incidência é maior em meninos, num porção 3/1. A ocorrência é de cerca de 10% da população Mundial.” Portanto, em suma, podemos dizer que Dislexia é uma alteração que se manifesta na área da leitura, acarretando distúrbios na área da escrita.
O nascimento da dislexia foi no campo médico através da necessidade de nomear a perda da capacidade de dar sentido a símbolos verbais escritos ou impressos, em alguns pacientes com afasia. O termo Dislexia foi sugerido primeiramente pelo professor Berlin De Stuttgart em 1887, porém, acredita-se que a perda da habilidade para ler já tinha sido identificada muito antes pelo médico Johan Schmidt (1640-1690). É interessante comentar que houve um médico chamado Kussmaul (1877) que isolava a falta de habilidade para a leitura como uma entidade nosológica autônoma, denominando-a cegueira verbal. Para ele, é possível haver dificuldades para a leitura sem nenhum comprometimento correlato em nível de visão, intelecto ou linguagem. No entanto, podemos