Dislexia
A palavra dislexia não é agradável de ser pronunciada nem escrita. * por Rosemari Marquetti de MelloEntender o seu significado é algo complexo e instigante. Em seu significado literal dislexia trata-se de um distúrbio de aprendizagem entre inúmeros outros. Costuma ser confundido com a palavra epilepsia que se trata de uma doença em que ocorrem convulsões repentinas com a perda momentânea da consciência. Talvez seja por esse motivo que a palavra dislexia costuma causar certo repúdio quando pronunciada entre o público leigo. No entanto, mudar o nome de um distúrbio de leitura e escrita, que é estudado e pesquisado há mais de um século na Europa e nos Estados Unidos poderia descaracterizar totalmente a etimologia da palavra. A neurociência cada vez mais se empenha em pesquisas para elucidar as disfunções cerebrais, ou seja, os caminhos das informações neuronais. Para cada indivíduo esses caminhos podem ser exclusivos e nem por isso inadequados. São apenas formas diferentes de codificar informações. A plasticidade cerebral está aí para comprovar que os caminhos podem chegar à perfeita normalidade, através de treinamentos adequados e específicos. É o caso da intervenção para treinar o cérebro do disléxico a minimizar as dificuldades de aprendizagem. A palavra dislexia é vista como um fantasma terrível até ser descoberta e compreendida. Não importa o tempo que se leve para descobrir o significado do fantasma, o importante é saber que o fantasma não é tão assustador, basta aprender a respeitar seu funcionamento. Todo ser humano, para se sentir integrante de um grupo, precisa dar algo de si para o grupo e sentir-se aceito. Sendo assim, para uma criança cuja obrigação única é estudar, se o processo de aprendizagem é inadequado e mal compreendido, ela poderá carregar sérios danos emocionais por toda sua vida. Um disléxico adulto ou até mesmo uma criança, sabe que tem algo acontecendo em relação à sua