disgrafia
A escrita vem acompanhando o homem em seu processo de evolução desde quando este percebeu pela primeira vez que poderia gravar, transformar em figuras tudo que encontrava. O homem passou a desenhar nas paredes seus hábitos, objetos, animais...Enfim, percebeu que suas idéias poderiam ser transformadas em símbolos. Cada figura que ali estava não era um simples conjunto de traços criados pelos seus dedos; aquilo, na verdade, carregava em si significados variados que para ele era de inquestionável importância. " Esses desenhos, as pinturas rupestres, são relativamente complexos; as informações são numerosas e muitas vezes não unívocas; sua decodificação precisa contar com uma referência à cultura do escritor". (HOUT & ESTIENE, 2001, p. 28). Depois de um longo processo de evolução, a escrita chega ao que conhecemos hoje, onde ela cumpre a função de representar graficamente o que é produzido fonologicamente. Nessa etapa, a escrita assume um papel de grande importância, onde o homem vai encontrar nela caminhos de acesso e transmissão de sua cultura e de outros povos. Será ela o veículo condutor de conhecimento e todos que a conhecem se utilizarão de seus serviços tanto como emissor, como receptor de muitos conteúdos, mas a discussão que será tratada nas páginas posteriores deste trabalho não irá preocupar-se com esse aspecto evolutivo e utilitário da escrita. Este breve comentário seria, para nós, uma forma bem interessante de situar em que campo tão extenso e rico nosso estudo será desenvolvido. O que foi exposto no parágrafo anterior tenta na verdade , resumir a dimensão do universo variado e complexo de onde nossa discussão captura algo agregado a ele e tenta debater um pouco a seu respeito, pois somente fazendo esses prévios comentários é que evidenciaremos o valor do tema que abordará nossa discussão.
É esperado por nós que certamente o leitor, talvez até já irritado, já perguntou: "E o que seria?" Esta seria a pergunta que queríamos implantar na cabeça