DISERTAÇÃO
Núcleo de Educação a Distância
SEMESTRE 1
Aula: 09
Temática: A estrutura fundiária no Brasil
Como pôde ser observada em aulas anteriores, a ocupação do território nacional parte de uma distribuição desigual de um bem coletivo: a terra. Este processo contínuo de incorporação de novas parcelas de terras às atividades econômicas, não apenas manteve a atual estrutura fundiária, como reforçou seu caráter.
De acordo com os últimos censos Agropecuários do IBGE, observa-se que a concentração das terras de posse de poucos proprietários é uma realidade do espaço agrário brasileiro.
Os lavradores vendem parte de suas terras ou os que possuem terras um pouco maiores, vendem toda a propriedade e se transformam em trabalhadores assalariados no campo, moradores da cidade ou ambos.
Caracteriza-se, desta forma, um processo no Brasil de forte concentração de terras nas mãos de um grupo reduzido de proprietários, mas também é perceptível que não se trata apenas e tão somente de um fato conjuntural de nossa estrutura fundiária, é também um processo em curso, uma marca histórica que vem se aprofundando ao longo do tempo.
Por outro lado, de acordo com o INCRA (Instituto de Colonização e Reforma Agrária), órgão do governo federal ligado ao Ministério do Desenvolvimento Agrário, o índice de GINI aponta que o Brasil possuía em 1967 um valor de 0,836 e, trinta e três anos depois em 2000, o índice baixou para 0,802, indicando uma leve descontração da propriedade..
Há no Brasil fazendas tão extensas que chegam a superar o tamanho de alguns estados.
Numa publicação do INCRA pode-se observar que os 26 maiores latifúndios do Brasil ocupam uma área quase igual a do Estado de São Paulo, por exemplo, ou mesmo maior do que os estados do Amapá, Acre, Ceará, Rio Grande do Norte, Paraíba, Sergipe, Alagoas,
Pernambuco, Espírito Santo, Rio de Janeiro, Paraná e Santa Catarina.
Do ponto de vista territorial eles se concentram basicamente na região