Discussão Deontologia
Primeiramente se deve analisar a imagem e todos os assuntos que a rodeiam antes de criticar severamente o fotógrafo. Muitas pessoas encaram o fotojornalista como aquela pessoa que se aproveita da tragédia do próximo para enriquecer, mas se esquecem de que ele deve sim ter um retorno financeiro por seu trabalho. É um trabalho como qualquer outro e muitas vezes, é muito mais complicado que outras profissões. Muitos fotógrafos deixam suas famílias, casas e conforto para encarar situações desconfortantes e até mesmo perigosas. O que Kevin poderia ter feito por aquela criança que desde sempre sofreu com a fome e com a politica de seu país. Dar um pão ou uma água seria muito pouco. Uma criança naquela situação necessita de meses de cuidado para poder adquirir algum peso. O que Kevin fez, foi mostrar ao mundo a infeliz realidade que se passava e ainda passa em países subdesenvolvidos. Pedir ao mundo socorro, pedir ajuda para, não apenas este menino, mas para todas as milhares de crianças, jovens, adultos e idosos que sofrem com fome e desnutrição.
PAUL HANSEN
A foto de Hansen “Fabienne” mostra a impotência do fotojornalista. A ética na profissão deve sim ser respeitada, não mostrando cenas que escandalizam o horror como, por exemplo, corpos mutilados e dilacerados, mas a dramatização de situações desumanas deve ser “bem vista”. O mundo daria tanta atenção a uma fotografia de uma menina morta sem sua devida dramatização? Haveriam tantas discussões e ajudas? As críticas a estes profissionais são enormes. Na foto “Fabianne” acusaram uma alteração da posição do corpo da jovem para maior dramatização da imagem, porém a luta pela vida, pelos bens aconteceu entre o próprio povoado daquela região que gerou a morte e um saque ao corpo já falecido.
A segunda foto do mesmo fotógrafo põe em questão a manipulação pós-imagem que muitas vezes são feitas nas fotografias. Nesse caso de Hansen, ele foi acusado de compor a fotografia com a mistura de outras três imagens para