discurso sobre distancia

Distância
Na minha opinião há 3 tipos de distância: a que ‘não’ existe, a que nós próprios criamos e aquela que por muito que queiramos não conseguimos fazer com que desapareça.
A primeira é aquela que existe mas sem existir. Representa todas aquelas vezes que, falo por mim, estamos deitados no sofá a ver televisão e queremos mudar de canal, mas, por acaso esquecemo-nos do comando em cima da mesa ou noutro lugar qualquer da casa e simplesmente não nos apetece levantar para o ir buscar. Ou quando está o telemóvel ou telefone a tocar e não nos apetece sair de onde estamos porque é ‘muito longe’.
A segunda é toda aquela distancia que, como a primeira, está ao nosso alcance e que por vezes, apesar de ser difícil, podemos fazer com que desapareça. Este tipo de distancia representa todas aquelas vezes que fazemos com que algo ou alguém se distancie de nós, quando colocamos aqueles que mais gostamos e nos fazem ou fizeram sentir bem inúmeras vezes e que por qualquer motivo sentimos necessidade de nos afastar. E que, quando queremos ou colocamos a hipótese de nos voltarmos a aproximar, exageramos dizendo que se encontram longe de mais para se alcançarem, quando, na realidade estão ali mesmo ao nosso lado, à nossa espera, tal como nos estamos à espera deles. Esta ‘distancia’ parece ser difícil de eliminar, porém, basta um pequenos esforço para nos conseguirmos livrar dela. E, quando não estamos dispostos a fazer um esforço, esta acaba por ser a distancia que aos poucos nos afasta dos nossos amigos, dos nossos familiares, dos nossos sonhos. E tudo porquê? Apenas por capricho.
E, por fim, existe a outra distancia… aquela que é realmente inalcançável e que faz com que o outro seja também impossível de alcançar. Dou-vos um exemplo através de uma historia: era uma vez uma menina pequena que achava que ir de sua casa até casa dos seus avos era muito longe. Como não se queria dar a esse pequeno trabalho, ficou em sua casa, tudo para não se esforçar. Porem essa distancia fez