Discurso Religioso dentro da Homofobia
Na Grécia clássica a sexualidade livre era privilegio dos bens nascidos, fazia parte do cotidiano dos deuses, reis e heróis. “Ela era vista como uma necessidade natural, restringindo-se a ambientes cultos, uma manifestação legitima da libido” .
Outra explicação da homossexualidade na Grécia é o fato de treinar os homens para as guerras, nas quais não havia mulheres.
Além da estética ao redor da homossexualidade, havia todo um ritual envolvendo a transmissão e aquisição de sabedoria, cujo maior exemplo é o filosofo Platão e seus preceptores. Adolescentes buscavam o mestre para serem iniciados na arte da retórica e da oratória. Eram denominados efebos. Após serem escolhidos pelo preceptor, os que era motivo de muita honra, os jovens aprendizes deveriam se submeter a favores sexuais. Note-se que havia um fundamento para que os preceptados servissem seus preceptores: acreditava-se que essa pratica aumentaria suas habilidades políticas e militares.
Cartagineses, dórios e normandos viam a homossexualidade relacionada à religião e à carreira militar, pois a pederastia era atribuída aos deuses Horus e Set, que representavam justamente a homossexualidade e as virtudes militares.
Em Esparta “a homossexualidade era um resultado lógico da supervalorização do mundo masculino de guerra” .
Em Roma, a sodomia não se ocultava, o homossexualismo era visto como procedência natural.
Ao responder a uma mãe preocupada com a homossexualidade do filho, Freud já em 1935 estabelecia que a homossexualidade não causa desvantagens assim como não causa nenhuma vantagem. Dizia Freud que ela não é motivo de vergonha, nem uma degradação, não é um vicio nem uma doença. Freud em seu texto sobre Leonardo da Vinci, que era homossexual, opõe-se a tentativa de separar os homossexuais dos outros seres