Disartria
1.2.1 Conceito
Na fonoaudiologia “disartria” é definida como: “um grupo de distúrbios da fala resultante de uma lesão no mecanismo neurológico, central e/ou periférico, que regula os movimentos da fala, caracterizado por lentidão, imprecisão, e/ou incoordenação” (YORKSTON et al, 1998 apud FAZOLI et al, 2005).
Em 1991, Gutzmann questiona esta definição, pois considerava imprecisa e inadequada pelo fato da disartria abranger não apenas alterações articulatórias, mas também a respiração, a qualidade vocal, a frequência e a velocidade de fala. (GUTZMANN apud Angelis & Barros, 2006).
Peacher, então, sugere o termo disartrofonia como o mais apropriado, em vista da frequente associação de alterações de articulação e fonação (ANGELIS, 2005).
Contudo, todas essas nomeclaturas parecem pertinentes. Disartria, ainda assim tem seu caráter histórico, e seu amplo uso na literatura, sendo empregado desde textos antigos já com a abordagem adequada envolvendo as cinco bases motoras. As cinco bases motoras são:
1. Respiração
2. Fonação
3. Ressonância
4. Articulação
5. Prosódia
1.2.2 Classificação - Etiologia:
Existem diversos tipos de disartria. As disartrias diferenciam-se por características de fala e da voz muito distintas. O comprometimento neurológico e o tipo de etiologia neurológica também são fatores que auxiliam no diagnóstico diferencial entre as disartrias. Entende-se por diagnóstico fonoaudiológico uma avaliação minuciosa das alterações de fala, associado à história e a apareceres da avaliação neurológica (ORTIZ, 2006).
É importante ressaltar que cada uma das disartrias diferencia-se das outras por diversos fatores:
a) Emissão oral diferente nos diversos quadros
b) Localização da lesão
c) Tipo de disfunção neuromuscular resultante (ORTIZ,2004; MAYO,1998)
Disartria Flácida Foi o primeiro tipo de disartria descrito. Na tabela a seguir apresenta algumas características básicas e por probabilidade de aparecimento.