Discussão Teórica de um caso de Disartria Espastica
A disartria é um conjunto de distúrbios da fala devido às alterações no controle muscular dos mecanismos envolvidos na produção oral em consequência de uma lesão no sistema nervoso central ou periférico gerando assim problemas na comunicação oral por uma paralisia, fraqueza ou incoordenação da musculatura da fala. Mesmo os quadros sendo extremamente variáveis, a maior parte dos pacientes apresentam características em comum, como: imprecisão na articulação das consoantes, monoaltura, monointensidade e velocidade lenta de fala, mas essas caracteristicas podem ou não serem apresentadas em alguns quadros, pois há vários tipos de disartria que são diferenciadas pela característica vocal e de fala, e também pelo local da lesão e tipo de disfunção neuromuscular. Fazendo com que as disartrias formem uma grande gama de distúrbios crônicos da fala 1, 2.
Os estudos mais atuais mostram que há sete tipos de disartria, sendo elas: disartria flácida, disartria espástica, disartria do neurônio motor superior unilateral, disartria hipocinética, disartria hipercinética, disartria atáxica e disartria mista1.
Em avaliação C. S. D. apresentou: velocidade fala lenta, voz tensa-estrangulada, voz áspera com esforço, pausas inadequadas para respirar, hipernasalidade moderada, hipertonicidade de musculatura facial, articulação imprecisa de consoantes, incoordenação pneumofonoarticulatória, rigidez de musculatura de OFAs e assimetria se movimentos para a esquerda. Caracterizando assim uma disartria espástica, pois apresenta as principais características, sendo elas: voz áspera com esforço, emissão tensa-estrangulada, articulação imprecisa das consoantes e hipernasalidade1.
A disartria espástica é causada por uma lesão no neurônio motor superior bilateral ou em qualquer outro ponto do trato corticobulbar que ocasiona o aumento do tônus muscular com espasticidade, podendo ocorrer também