DIRETAS JÁ

DIRETAS JÁ (1984)
MANIFESTAÇÕES POPULARES COM O OBJETIVO DE PRESSIONAR O GOVERNO E O PODER LEGISLATIVO A APROVAR A ELEIÇÃO DIRETA PARA A Presidência DA REPÚBLICA. MILHARES DE BRASILEIROS FORAM AS RUAS E PARTICIPARAM DE COMICIOS NAS MAIORES CAPITAIS DO BRASIL COM OBJETIVO DE APOIAR A EMENDA DANTE DE OLIVEIRA QUE PROPUNHA A VOTAÇÃO DIRETA PARA A ESCOLHA DO PRESIDENTE DA REPÚBLICA ESSA EMENDA FOI APRESENTADA E REJEITADA NO MESMO ANO DE 1984. Ainda assim, os adeptos do movimento conquistaram uma vitória parcial em janeiro do ano seguinte quando Tancredo Neves foi eleito presidente pelo Colégio Eleitoral.
Criar o movimento em prol das eleições diretas foi uma idéia do senador Teotônio Vilela lançado no Canal Livre, programa da TV Bandeirante. No dia 31 de março de 83, em Abreu Lima, Pernambuco, aconteceu a primeira manifestação pública, organizada pelo PMDB, Partido do Movimento Democrático Brasileiro. Depois, em 15 de julho do mesmo ano, foi a vez de Goiânia, seguida por Curitiba. O movimento chegou a São Paulo em 27 de novembro de 83, com uma manifestação em frente ao Estádio do Pacaembu, na Praça Charles Miller.
A reação do governo Figueiredo foi chamar os protestos de “subversivos”. Mesmo assim, a Direta Já continuou se fortalecendo. O principal evento reuniu 1,5 milhões de pessoas no Vale do Anhangabaú, em São Paulo, no dia 25 de janeiro, aniversário da cidade. A passeata começou na Praça da Sé e foi até o Anhangabaú, onde a manifestação contou com a presença de importantes nomes da política nacional, como Franco Montoro, Fernando Henrique Cardoso, Tancredo Neves, Ulysses Guimarães, José Serra, Mário Covas, Teotônio Vilela, Eduardo Suplicy, Leonel Brizola, Luis Inácio Lula da Silva, Miguel Arraes, entre outros. Teve também a participação de artistas, jogadores de futebol, cantores, religiosos, etc.
Em 25 de abril de 1984, a emenda constitucional das eleições diretas foi colocada em votação. Porém, para a desilusão do povo brasileiro, ela não foi aprovada.