Diretas já
Durante o período, as eleições para presidente eram indiretas, e o povo queria votar em presidente, porém o país se encontrava em plena ditadura militar. Havia censura, violência policial, tortura, perseguições, além da supressão da democracia.
A população estava bastante insatisfeita com o governo, sobretudo durante as crises econômicas (em que coexistiam inflação, fechando o ano de 1983 com uma taxa de 239%, e uma profunda recessão).
Grandes manifestações populares aconteceram em todo o país, reivindicando o restabelecimento das eleições diretas para presidente da república, que haviam sido substituídas por um pleito indireto no congresso nacional durante o regime militar.
A possibilidade de eleições para a presidência da república se concretizou com a votação da proposta de emenda constitucional Dante de Oliveira pelo congresso. Entretanto, a proposta de emenda constitucional foi rejeitada, frustrando a sociedade brasileira. Mas, ainda assim, os adeptos do movimento conquistaram uma vitória parcial em janeiro do ano seguinte quando seu principal líder, Tancredo Neves, foi eleito presidente pelo colégio eleitoral.
O movimento agregou setores da sociedade brasileira. Participaram inúmeros partidos políticos de oposição ao regime ditatorial, além de lideranças sindicais, civis, artísticas, estudantis e jornalísticas.
A essa altura, a perda de prestígio do regime militar junto à população era grande. Militares de baixo escalão, com seus salários corroídos pela inflação, começavam a pressionar seus comandantes – que também estavam descontentes.
A repressão aumenta, mas o movimento pela liberdade não retrocede e os democratas intensificam as manifestações por eleições diretas. Na televisão, o general Figueiredo classificava como ‘subversivos’ os protestos que começavam a acontecer em todo o país.
Para reprimir as