direitos humanos
Segundo a ANCOP, 200 mil pessoas já foram despejadas devido aos eventos
Nessa terça-feira (28), representantes da Organização das Nações Unidas (ONU) no Brasil denunciaram graves violações aos direitos humanos que são cometidos devido a preparação e obras do país para a Copa do Mundo FIFA no próximo ano. A intenção dos representantes é que a ONU use a sua força simbólica e influencie governos estrangeiros para que se faça uma pressão sobre Brasília para que se pare as obras que estão criando ‘avassaladoras consequências sociais’.
A reunião ocorreu durante a 23ª Sessão do Conselho de Direitos Humanos da ONU, em Genebra (Suíça), e tem como meta chamar a atenção internacional para o fato de que a Copa de 2014 não será apenas a festa que muitos estrangeiros esperam encontrar no Brasil.
O debate mostrou ao mundo os ‘deslocamentos forçados de comunidades, destruição de patrimônio cultural, supressão de direitos de idosos e estudantes, abusos policiais cometidos em prol da segurança e uma longa lista de outras violações semelhantes em decorrência de megaeventos como a Copa do Mundo e as Olimpíadas a serem realizados no Brasil’ considerou um dos representantes.
Na opinião da Articulação Nacional dos Comitês Populares da Copa (ANCOP), remoções forçadas têm sido ‘o grande drama das famílias brasileiras desde o início das obras para a Copa do Mundo e as Olimpíadas’. A entidade estima que ‘ao menos 200 mil pessoas já passaram por despejos relacionados aos eventos, o que corresponde a quase um em cada mil brasileiros”.
‘ O Brasil injetou recursos multi bilionários em infraestrutura para dois mega eventos esportivos: a Copa e a Olimpíada. As obras exigem mudanças urbanísticas, logísticas e humanas. Mas quem ganha e quem perde com esse rearranjo monumental?’, questiona Juana Kweitel, diretora de Programas da Conectas (grupo de defesa dos direitos humanos).
‘No momento em que