Direitos Humanos no Sudão do Sul
O Sudão do Sul é o mais jovem país do mundo, com apenas três anos de existência. Nasceu de um movimento separatista no sul do Sudão, que conseguiu a independência da região após mais de cinquenta anos de guerra civil contra o norte. As causas principais do movimento separatista eram a religião dominante do norte (islã) que era imposta ao país todo (o sul era predominantemente animista e católico), os conflitos pelo controle das reservas de petróleo descobertas no sul e a segregação do sul quanto as políticas públicas do governo de Cartum. O Sudão do Sul conseguiu sua independência mediante referendo, reconhecido em 2011, no qual 98% dos votantes sulistas decidiram pela separação da região autônoma do sul. O novo Estado ficou com mais de 75% das bacias de petróleo do Sudão, mas ainda dependia da estrutura de refinamento e transporte do país ao norte.
Se em todos os Estados o embate político costuma ser causa de ferrenhas disputas pelo poder, não seria diferente no Sudão do Sul. O Presidente Salva Kiir da etnia "dinka" rompeu relações com seu Vice-Presidente Kiek Marchar da etnia "nuer" e o tirou de seu cargo após desentendimentos. O que se deu após este fato é a representação clara de que os Direitos Humanos estão longe de serem universalizados e estão mais longe ainda do continente africano, que precisa dos mais básicos recursos que um ser humano nescessita para conservar sua dignidade: é incrível como em pleno século XXI ainda hajam tantas epidemias, fome, falta de água, falta de estruturação dos Estados e, principalmente, violência.
Membro da ONU e da UA, o Sudão do Sul inseriu em sua Constituição Transitória a Declaração Universal dos Direitos Humanos. Bem como na maioria dos integrantes que ratificaram o texto da declaração, o Sudão do Sul não consegue oferecer à população quase nenhum dos direitos contidos nesta. Agrave-se, ainda, a situação dos cidadãos sul-sudaneses que convivem com a extrema