O histórico do conflito armado do Sudão e sua consequente separação
DEPARTAMENTO DE CIÊNCIAS ECONÔMICAS
Disciplina: Segurança Internacional
Professora: Felipe Amin Filomeno
Alunas: Ana Paula Althoff
O histórico do conflito armado do Sudão e sua consequente separação
Histórico
Em 2011, a mídia mundial notificava a criação de seu mais novo Estado independente. Tratava-se do Sudão do Sul, que após profundas divergências com o governo do Sudão, emancipa-se no cenário internacional. O objetivo desta pesquisa é observar os conflitos armados na região do Sudão, segundo as teorias de Relações Internacionais estudadas no semestre. Para isso, é necessário fazer um breve apanhado histórico geográfico e cultural do Sudão. Segundo o “The Economist” em “Uma breve história do Sudão moderno”, o Sudão até então era tido como o maior país africano em termos geográficos, possuindo uma população de aproximadamente 40 milhões de indivíduos. Sua história como Estado sempre foi marcada por um dualismo presente tanto na sua geografia como em sua cultura: enquanto sua porção norte se localiza em um ambiente desértico e árido, com forte presença mulçumana árabe, a porção sul possui uma vegetação mais rica propiciando a criação de pequenas fazendas, e maioria cristã e negra. Desde sua independência, ambas as regiões – norte e sul – têm estado em uma situação de conflito. A região sul se rebela contra o governo de Cartum, capital ao norte, por não concordar com suas políticas. Desde então, eclodiu a segunda guerra civil no país que durou 22 anos e teve fim no ano de 2005, fazendo com que cerca de dois milhões de habitantes do sul tenham morrido, e mais de um milhão tenha se tornado refugiado. Essa guerra terminou com a assinatura do tratado de Naivasha, um acordo entre o governo e o Exército Popular de Libertação do Sudão (SPLAM). No ano de 2003, a porção Oeste do Sudão – região de Darfur - também se rebelou contra o governo em Cartum. O resultado da rebelião foi o massacre de milhares de civis em