direito
Por Laryssa Dalama
Acadêmica de Jornalismo na Universidade Federal de Santa Catarina
Você, jornalista, até onde é capaz de ir para conseguir ascensão, fama, um prêmio Pulitzer? Inventaria histórias falsas? Ocultaria a verdade de um fato? Colocaria a própria vida em risco? É sobre esse questionamento que o diretor e roteirista Peter Hyams (de “Fim dos Dias” e “A vingança do Mosqueteiro”) trata em sua mais recente produção, “Acima de qualquer suspeita” (Beyond a Reasonable Doubt), lançado em 2009.
A trama de Hyams gira em torno do jornalista C.J. Nicholas (Jesse Metcalfe), que começou sua carreira em um pequeno canal televisivo em Buffalo (Nova Iorque), mas graças a um documentário que produziu sobre a vida de uma prostituta, consegue ser contratado pelo Canal 8, uma das maiores empresas jornalísticas dos Estados Unidos. Nicholas trabalha com jornalismo investigativo, mas como o canal está passando por um período de crise, sua equipe de investigação é desmontada e ele cai para a editoria de geral. Frustrado com o rebaixamento e lutando para conseguir um bom cargo novamente, o jornalista planeja desmascarar Mark Hunter (Michael Douglas), um advogado renomado que pretende se candidatar a senador.
Hunter é tido como um grande advogado, pois não perdeu nenhum dos últimos 17 casos que defendeu. Nicholas desconfia que ele manipula provas para ganhar as causas e, para recuperar sua fama – e quem sabe ainda levar um Pulitzer –, o jornalista resolve passar-se por assassino para conseguir provar sua suspeita. Com a ajuda de um colega de trabalho, Ben Nickerson (Orlando Jones), ele cria indícios de que é realmente culpado pela morte de uma mulher (aparentemente desconhecida por todos) e grava um DVD com as provas de que é inocente. O problema é que Ben é assassinado e as chances dele se salvar são mínimas.
O filme expõe questões éticas tanto do lado do jornalismo quanto da própria justiça e mostra até onde alguém pode ir para conseguir seus