direito
Para Aristóteles, o Homem é um "animal político", pois somente ele possui a linguagem e esta é o fundamento da comunicação entre os seres humanos. Segundo seu ponto de vista, os demais animais só exprimem dor e prazer, mas o Homem utiliza a palavra (logos) e com isso sua capacidade de julgamento entre o bem e o mal, o certo e o errado. Na busca de interpretação da realidade social, devemos levar em consideração também a capacidade de atuação do Homem sobre a natureza e a sua consequente criação de novas condições de existência, como fundamentais para compreendermos o desenvolvimento da comunicação na sociedade.
O nosso cotidiano é marcado por inúmeras ações que nos permeiam diante de múltiplas relações. As diversas conexões que se estabelecem no mundo vivido por meio de normas foram criadas com o objetivo de estabelecer uma linguagem comum em que os indivíduos socializados trocassem experiências. A comunicação se insere como importante fator para analisarmos a produção dos discursos que desembocam nos (dês)caminhos da humanidade.
Se até bem pouco tempo os homens utilizavam o discurso direto para se comunicar e meios muito limitados e lentos para uma comunicação à distância, vimos surgir no século XX os poderosos e rápidos meios de comunicação de massa (jornal, rádio, TV...) e hoje, com a informática e a Internet, de fato o mundo se transformou numa "aldeia global" e constituímos, assim, uma "sociedade informática". Mas uma grande questão se coloca: os poderosos meios de comunicação e transmissão de dados de que dispomos, até mesmo num simples celular, estão realmente possibilitando uma maior participação democrática da maioria, ou nos tornamos personagens e reféns de um terrível e incontrolável "Big Brother"?