Direito
A obra de Lon L.Fuller, professor da Universidade de Harvard, a qual por anos vem contribuindo para introduzir o estudo da Ciência do Direito aos alunos universitários, promove uma análise do universo jurídico através da história ficcional do julgamento de uma questão envolvendo homicídio seguido de antropofagia (ato de comer uma parte ou várias partes do corpo de um ser humano).
No livro, quatro personagens são acusados por homicídio e condenados à morte, e quatro juízes julgam o caso, amparados por princípios éticos, morais e jurídicos. É justamente no momento em que os juízes justificam seus pareceres, que Fuller, autor da obra, aproveita para desvelar os diferentes pensamentos das escolas do Direito.
O Juiz e Presidente do Tribunal Truepenny, C. J., foi o magistrado responsável por proceder ao relatório do caso. E os juízes Foster, Tatting, Keen e Handy, foram os julgadores.
“O Caso dos Exploradores de Cavernas se passa na Suprema Corte de Newgarth, no ano de 4300. Os quatro acusados são membros da Sociedade Espeleológica - uma organização amadorística de exploração de cavernas. Em princípios de maio do ano de 4299, penetraram eles, em companhia de Roger Whetmore, à época também membro da Sociedade, no interior de uma caverna de rocha calcária do tipo que se encontra no Planalto Central desta Commonwealth. Já bem distantes da entrada da caverna, ocorreu um desmoronamento de terra: pesados blocos de pedra foram projetados de maneira a bloquear completamente a sua única abertura. Quando os homens aperceberam-se da situação difícil em que se achavam, concentraram-se próximo à entrada obstruída, na esperança de que uma equipe de socorro removesse o entulho que os impedia de deixar a prisão subterrânea. Não voltando Whetmore e os acusados às suas casas, o secretário da Sociedade foi notificado pelas famílias dos acusados. Os exploradores haviam deixado indicações, na sede da Sociedade, concernentes à localização da