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As doenças respiratórias são caracterizadas por um processo inflamatório crônico das mucosas das vias aéreas que piora com a exposição aos agentes químicos da poluição", explica o alergista Fábio Morato Castro, da USP (Universidade de São Paulo).
As pesquisas têm apontado também relação entre a poluição e o aumento da ocorrência de câncer de pulmão e de doenças cardíacas, como arritmias e infarto , além da diminuição da fertilidade dos homens .
"A cada 10 microgramas por metro cúbico de poluentes acima do padrão recomendado pela OMS (Organização Mundial da Saúde), o risco de câncer de pulmão aumenta 12% e o de doenças cardiovasculares, 9%", afirma Paulo Hilário Nascimento Saldiva, médico e pesquisador do Laboratório de Poluição da USP. Em São Paulo, por exemplo, registra-se, em média, 20 microgramas por metro cúbico acima do padrão.
Escapamentos
Segundo Maria Helena Martins, gerente da Divisão de Qualidade do Ar da Cetesb (Companhia de Tecnologia de Saneamento Ambiental), os escapamentos dos veículos são responsáveis pela emissão, na região metropolitana de São Paulo, de 95% do monóxido de carbono, 95% dos óxidos de nitrogênio e 40% das partículas inaláveis presentes na atmosfera.
Não é à toa que as grandes vias de tráfego são os locais onde há maior concentração destes poluentes. "Além disso, o nível de poluição nos carros é maior que na calçada", afirma Saldiva.
O aumento da emissão de poluentes e do tempo de exposição a eles, em decorrência dos congestionamentos, resulta no crescimento do número de consultas em prontos-socorros e