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I.Delimitação do objeto de análise, parâmetros teóricos-metodológicos e hipótese de trabalho Este trabalho tem como objetivo expor as concepções de John Locke e Thomas
Hobbes acerca do Estado, em especial clarear os aspectos principais das respectivas teorias políticas no tocante a sua importância para a construção dos fundamentos conceituais do Estado Contemporâneo.
Dentro desse contexto, não temos a intenção de analisar in totum a obra de um e de outro pensador, mas tão somente "pinçar" as concepções mais importantes e as formulações principais no tocante à visão de cada um dos pensadores em tela quanto ao
Estado, e, principalmente, as principais conseqüências das interações do Estado com o cidadão que o compõe.
A obra dos pensadores em tela está inserta no embate intelectual e político em torno do Estado Absolutista e do seu respectivo antípoda histórico, o Estado Liberal alicerçado na Soberania Limitada, desenvolvido entre os séculos XVI d. C. e XVIII d.
C.
Tal embate foi sumamente importante tanto no âmbito da moderna Ciência
Política quanto no seio do próprio Direito Constitucional contemporâneo em face, sobretudo, das contribuições resultantes que tal embate produziu no tocante à criação dos elementos conceituais ético - políticos e de alguns dos princípios jurídicos fundantes mais importantes que norteiam o Direito Constitucional contemporâneo. De fato, podemos constatar que a discussão acerca dos dois caminhos propostos pelos pensadores em tela do que seja o Estado, sua gênese e desenvolvimento, é de capital importância para o Direito Constitucional moderno, na medida em que foi a partir de tal discussão que se formularam vários princípios jurídicos importantes deste ramo do
Direito Público.
Nessa ordem de idéias, o embate das teorias formuladas por Hobbes e Locke está nas raízes do Constitucionalismo contemporâneo. Conhecer tais teorias e refletir