Golpe Militar
Ana Prado | 10/04/2014
Com os 50 anos do Golpe Militar de 1964, aumentam as chances de o período da ditadura ser cobrado no vestibular. O professor Célio Tasinafo, diretor pedagógico do cursinho Oficina do Estudante e especialista em história social, indicou alguns pontos importantes sobre o período que merecem sua atenção.
João Goulart, o Jango, presidente do Brasil entre 1961 e 1964, quando foi deposto por um golpe militar.
>> É golpe, revolução ou contragolpe?
Apesar de a maioria das pessoas chamarem o que aconteceu entre os dias 31 de março e 1º de abril de 1964 de golpe, há quem o chame de “revolução”, forma usada pelos generais na época. “Há também o termo ‘contrarrevolução’ ou ‘contragolpe’, pois havia quem temesse que a esquerda estivesse preparando um golpe também – e, além da denúncia da oposição de que o presidente João Goulart preparava um suposto golpe comunista, coisa nunca comprovada, há correntes esquerdistas independentes que afirmavam estarem prontas para tomar o poder por considerar o governo burguês e liberal”, diz o professor Célio. “É difícil saber o que é retórica e o que é fato em todos os planos e discursos políticos, até porque os fatos são muito marcados por memórias de quem viveu no período”, completa. Segundo ele, saber que a diferença de termo usado pode refletir um posicionamento político é importante, especialmente para quem vai prestar vestibular para Humanas.
>> Situação econômica
Entre 1968 e 1973 ocorre o milagre econômico, quando o Brasil passa por um enorme crescimento econômico. Também nessa época, são construídos projetos faraônicos como a rodovia Transamazônica, a ponte Rio-Niterói, a usina hidrelétrica de Itaipu e o programa nuclear de Angra dos Reis. Por outro lado, isso tudo ocorreu à custa de empréstimos no exterior, o que elevou a dívida externa e a tornou impossível de pagar. “Mas esse crescimento não foi caracterizado por distribuição de renda. O