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Jader Marques, advogado de defesa de Kiko Spohr, um dos donos da boate Kiss, afirmou que 830 convites da festa Agromerados foram distribuídos para estudantes da Universidade Federal de Santa Maria (UFSM) venderem uma semana antes do evento que terminou com 235 mortos .
Ele disse que mais de 200 convites foram devolvidos pelos universitários, mas admitiu que outras pessoas podiam pagar na porta e outras festas de aniversário ocorriam na casa, que suporta no máximo 691 pessoas, segundo o Corpo de Bombeiros.
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A casa tinha um fluxo dinâmico. Quando dava a lotação de 700 pessoas ninguém mais entrava. O dia mesmo da festa não estava aquela maravilha que o Kiko esperava. A casa estava meio vazia até", argumenta o advogado. A Polícia Civil ouviu uma funcionária da casa, porém, que diz ter separado mil comandas para serem vendidas na noite do dia 26.
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"As pessoas que ouvimos até agora relatam que a casa estava lotada", afirma o delegado regional responsável pelo caso, Marcelo Arigony. "Já os funcionários dizem que a boate estava apenas cheia."
Marques disse que a boate "tinha plenas condições de funcionamento e que o dono não sabia da apresentação com sinalizadores da banda. "Aquilo foi uma surpresa, para causar frisson", afirmou o advogado
Extintores
Na quarta-feira, a polícia ouviu mais 14 testemunhas. Uma reconstituição do acidente também foi feita no interior da boate Kiss com cinco sobreviventes. Segundo depoimento prestado por Vanessa Vasconcelos, de 31 anos, ex-gerente da boate, Kiko também mandava retirar os extintores das paredes por questão estética.
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