DIREITO

Leia com atenção os textos abaixo.
Duas das feridas do Brasil de hoje, sobretudo nos grandes centros urbanos, são a banalidade do crime e a violência praticada no trânsito. Ao se clamar por solução, surge a pergunta:
De quem é a responsabilidade?
Dos políticos e de nós mesmos, estamos acostumados a apontar e acusarmos as pessoas, esquecendo que fazemos parte dessa violenta sociedade e que possuímos também, a nossa parcela de culpa.
São cerca de 50 mil brasileiros assassinados a cada ano, número muito superior ao de civis mortos em países atravessados por guerras. Por que se mata tanto? R: Se fizessem cumprir as leis, os culpados realmente fossem para cadeia, sem fiança melhorava muito. O menor pode roubar matar, traficar, mas não pode ir para cadeia, porque é criança. Enquanto não tivermos Leis severas que punam bandidos, para que ele saiba que se cometer crimes, vai passar a vida na cadeia, os crimes vão aumentar cada vez mais. Tem que acabar com as regalias para preso, fim da saidinha de data comemorativa, fim da progressão de pena, sem cestinha básica. Criminosos, tem que trabalhar na cadeia para sustentar seus familiares. Enquanto isso não acontece, só Deus para nos ajudar. Por que os governantes não se sensibilizam e só no discurso tratam a segurança como prioridade? R: Porque só pensam em si mesmo, nas regalias que ira ter, no dinheiro, nas viagens, no carro novo que ira comprar.
Por que recorrer a chavões como endurecer as leis, quando já existe legislação contra a impunidade?
R: Somos reféns da má consciência disfarçada ou de generosidade humanista ou de sociologia da reparação, que permitem que facinorosos fiquem por aí, à solta, matando pessoas de bem.
Por que deixar tantos jovens morrerem, tantas mães chorarem a falta dos filhos?

(O Globo. Caderno Especial. 2 set. 2006.)

Diante de uma tragédia urbana, qualquer reação das pessoas diretamente envolvidas é permitida. Podem sofrer, revoltar-se, chorar, não