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CIÊNCIA POLÍTICA
LINHAGEM DO ESTADO ABSOLUTISTA – PERRY ANDERSON
PARTE I
CAPÍTULO 1 – O ESTADO ABSOLUTISTA NO OCIDENTE:
A crise da economia, a perda de controle sobre os servos e sobre as cidades provocaram uma decadência do sistema feudal da Idade Média. Com a ascensão das monarquias nacionais, houve uma definitiva ruptura no sistema de suserania e vassalagem da Europa Ocidental.
(Sobre o surgimento do Absolutismo, Engels afirma que as monarquias nacionais são produto de um claro equilíbrio entre a nobreza feudal em decadência e a burguesia urbana em ascensão. Além disso, afirma que começo da época absolutista foi um momento em que a nobreza foi levada a compreender que seu poder político e social chegara ao fim).
Essa visão de Engels, da mesma forma que a de Marx, mostrou-se equivocada ao longo dos anos, uma vez que foram feitos estudos profundos a respeito do assunto e, segundo esses estudos específicos da transição do Feudalismo para o Absolutismo, a classe dominante sempre foi e continuou sendo a aristocracia rural, ou seja, o Absolutismo foi uma forma dessa reforçar seu poder político e social, já que estava em decadência. A partir da decadência do feudalismo, começaram a haver avanços na área “tecnológica”, com a burguesia na base de tudo. Houve o surgimento e desenvolvimento de armas de fogo, da imprensa, de mecanismos navais, etc.
A constituição dos Estados absolutistas teve como estrutura o reagrupamento feudal contra os camponeses logo após o fim da servidão (sistema de suserania e vassalagem).
Na área do Direito, pode-se concluir que o Absolutismo foi o principal arquiteto da assimilação do Direito na Europa Ocidental, já que era o aparelho de Estado reorganizado de dominação da nobreza.
Com o objetivo de centralizar ainda mais o poder, ou seja, reforça-lo, a burguesia fez uso da mudança em 5 áreas: exército, burocracia, tributação, comércio e diplomacia.
1. Exército: aumentou-se o número de soldados, em sua maioria mercenários

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