Direito
Conta a história do enforcamento de um fazendeiro chamado Manoel da Mota Coqueiro, fala também como funcionava o sistema judiciário imperial, as intrigas políticas e as histórias da região.
Manoel da Mota era um homem rico e tinha acesso ao poder, mas mesmo com todo esse acesso foi enforcado por um crime que não cometeu.
Manoel da Mota foi acusado em 1852, por um crime horroroso, em que oito pessoas da mesma família foram assassinadas em uma de suas fazendas. Ele tinha brigado com o chefe de uma família, essa briga foi porque o Manoel tinha engravidado Francisca a filha do Benedito, mas Benedito queria parte dos bens de Manoel não apenas uma indenização e assim foi esta briga até que num certo dia invadiram a casa dele e mataram toda a sua família, os indícios e de que Manoel teria sido o mandante do crime, mas não tinha provas desta acusação, mas caiu sobre ele a culpa. Ele estava envolvido em questões políticas e por isso tramaram contra ele.
Manoel da Mota foi preso, julgado por duas vezes e ambas condenado a morte, nesta época os escravos não podiam acusar seus patrões, mas podia depor como informantes, é uma das escrava de Manoel foi tida como a principal testemunha, houve confusão e acabaram colocando apenas como informante, ela não chegou a fazer nenhuma acusação, e mesmo achando roupas ensanguentadas na senzala a culpa caiu sobre Manoel, essa escrava era a líder espiritual dos negros da senzala.
Não era comum que um branco, fazendeiro, rico fosse ser preso e julgado com base num inquérito que não apresentava nem a confissão do crime nem provas materiais da autoria. Ele protestou de todas as formas, mas não deram ouvidos e nem oportunidade de defesa, mas de qualquer maneira ela achava que devido as suas condições (rico, fazendeiro...) não seria condenado.
Mas foi, e mesmo assim ele negava o crime e tinha certeza de que fora injusto, pois não teve investigação sobre o ocorrido, assim ele decidiu pedir a graça imperial que lhe foi