Direito

Introdução à Filosofia 2013.2
A dialética socrática como processo filosófico-educativo

Existe um elemento comum que perpassa todas as possibilidades existentes do estabelecimento de contato, residindo na necessária relação dialógica entre um indivíduo que emita informações e um indivíduo que as receba. Essa interação pressupõe a manutenção do diálogo entre as duas partes, a fim de que o processo comunicativo se estabeleça efetivamente.
Podemos estabelecer a distinção entre dois tipos de relações sociais acerca do uso do discurso: a hierárquica, que se sustenta pela imposição do discurso (imputado como dogmático e infalível sobre a comunidade) e a dialógica, que pressupõe a igualdade entre os falantes, ou seja, sem estabelecer diferenças qualitativas ou de quaisquer outros níveis entre os indivíduos; dessa maneira, o saber discursivo e seus processos inerentes ocorrem de forma horizontal. A dialética socrática, nessas condições, é um processo dialógico, pois não há a arrogância de se deter um pretenso saber absoluto.
O ponto mais importante que deve ainda ser posto em evidência reside no fato de que a interação comunicativa estabelecida pelo diálogo pode ser considerada como um meio eficaz de alcançarmos um nível de conhecimento seguro acerca de um dado tema investigado, através da comparação das perspectivas de um grupo de interlocutores, que discursam entre si detidamente em busca de soluções para uma determinada problemática enunciada. O diálogo não deixa de ser uma espécie de confronto de idéias, pois que, ao longo desse processo, emitimos nossas perspectivas particulares e recebemos as respostas dos nossos interlocutores, cujos pareceres podem ser favoráveis ou desfavoráveis ao nosso ponto de vista pessoal.
É dessa maneira que se desenvolve o método dialético, posto em prática por Sócrates nos seus constantes debates com diversos membros do povo ateniense, método este representado
A dialética socrática pressupunha a necessidade de se investigar,