Direito
A década de 70 foi marcada musicalmente no Brasil inicialmente pelo som de Pra Frente Brasil (“Noventa milhões em ação pra frente Brasil do meu coração....”) de Miguel Gustavo, música consagradora da conquista do tricampeonato mundial de futebol no México, pelo Brasil; se por um lado essa música ajudava o governo ditatorial do General Medici a realçar aspectos nacionalistas, por outro escondia perseguições e atrocidades praticadas contra milhares de jovens por militares de plantão no governo, pelo simples fato de discordarem e apontarem injustiças sociais; intensa campanha de censura aos meios de comunicação e às artes de modo geral inibiram a criação artística e musical de modo particular.
Música e música popular particularmente exercem grande influência no comportamento e nas posturas sociais; música influencia e é influenciada pelos fenômenos sociológicos: atitudes de rebeldia, cabelos longos, modos intelectualizados de compositores e intérpretes marcaram profundamente os anos 70.
Apesar de todas essas dificuldades e censura imposta aos nossos artistas, a MPB continuou sua maravilhosa caminhada.
Uma das publicações que tiveram coragem de enfrentar a ditadura foi O Pasquim, semanário fundado no Rio de Janeiro em 1969 pelo cartunista e jornalista Jaguar com a colaboração de Ziraldo, Millôr Fernandes, Paulo Francis, Henfil e outros; o mesmo semanário lançou em seguida o Disco de Bolso da Revista Pasquim que revelava os novos nomes da MPB tendo inclusive