Direito
O antropólogo Darcy Ribeiro foi aquele que num projeto ambicioso em seus estudos de antropologia da civilização mais contribuiu, nos dias de hoje, para precisar o conceito de “processo civilizatório”. Em sua démarche intelectual transita à vontade tanto pelos caminhos ocidentais como pelas veredas do mundo tribal amazônico, ou pelos corredores de mais de dois “palácios de governo”. Seu compromisso é vital, não setorial; produz-se na cátedra, na prolongada e boa convivência com os índios, na criação de universidades, dentro e fora do Brasil, como ministro da Educação ou como chefe da Casa Civil, como preso político, nas peregrinações do exílio, e finalmente, como romancista com “Maíra”(1975) e “O Mulo”(1987) onde prepara o terreno para sua etnobiografia antevista em “Ensaios Insólitos” (1979), “Utopia Selvagem” (1982), “Testemunho” (1991) ou, como consta no Prólogo de seu derradeiro livro Confissões (1997; 585 páginas).
Notabilizou-se fundamentalmente por trabalhos desenvolvidos nas áreas de educação, sociologia e antropologia tendo sido, ao lado do amigo a quem admirava Anísio Teixeira, um dos responsáveis pela criação da Universidade de Brasília, elaborada no início dos anos sessenta, ficando também na história desta instituição por ter sido seu primeiro reitor. Também foi o idealizador da Universidade Estadual do Norte Fluminense. Publicou vários livros, vários deles sobre os povos indígenas. Mas antes lembramos que analogamente nas Confissões, Agostinho revela uma autoanálise e profunda percepção da sua própria peregrinação de graça e desejo ardente de descrever os caminhos tomados até se tornar o homem em que se edificou. Aurélio Agostinho destaca-se entre os Padres como Tomás de Aquino se destaca entre os Escolásticos.
Em 1953, Darcy Ribeiro criou o Museu do Índio, no Rio de Janeiro.
Arthur ramos:
Arthur Ramos foi antropólogo e psiquiatra. Teve uma destacada participação nos debates teóricos que ficariam conhecidos como o "mito da democracia