Direito
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15/08/11
Análise Psicanalítica do Filme Cisne Negro
5Compartilhar [pic] por Henrique Trejgier
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Um caso clássico de esquizofrenia.
A mãe da moça, abandona a carreira de bailarina para cuidar dela quando nasce.
Mas, faz isso odiando esta decisão e joga a culpa na própria filha. (Chamamos isso de relação de duplo vínculo e gera esquizofrenia sim.)
A mãe controla e domina a filha forçando-a a ser bailarina para realizar seu sonho frustrado (chamado de ideal narcísico dos pais).
A filha, fica sem vida própria, e não suporta esta cisão entre mãe boa que cuidou dela e mãe má que obriga-a sofrer pelo enorme esforço de se tornar a melhor bailarina.
Isto gera a cisão do ego em dois comportamentos antagônicos. As alucinações que a filha sofre, como na cena das pinturas se mexendo, ou na cena em que ela acha que mata a amiga com o pedaço do espelho, ou mesmo no pé se transformando em nadadeira, surgem devido a energia acumulada pela tensão do seu conflito interno que é deslocado para os sentidos, especialmente a visão e audição, sendo convertida em alucinações que para o esquizofrênico, são percebidas como reais. (Isto acontece porque o conflito emocional se dá no sistema límbico, onde cruzam os nervos ópticos e auditivos).
[pic]A filha é desprovida de personalidade própria, nem é a menina meiga e nem o malévola cisne negro, porque é apenas uma marionete da mãe.
Estes 2 comportamentos se alternam e são meras atuações do conflito interno e surgem diante do acúmulo de tensão conforme se aproxima de conseguir realizar o seu desejo real.
A filha deseja o amor da mãe, mas é frustrada porque percebe que não é amor que recebe, e sim que a mãe quer realizar o seu ideal narcísico as custas de sua vida própria. Então odeia isso.
Mas, a censura (superego) diz: não se pode odiar a mãe. Então a filha reprime este ódio no inconsciente.
Mas o ódio reprimido vai se acumulando e retorna gerando o conflito emocional entre amar e odiar