Direito

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O reino visigótico
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Durante quase dois séculos, os visigodos dominaram quase toda a Península Ibérica, excepto os territórios bascos. Estabeleceram a sua capital, primeiro, em Barcelona e, posteriormente, em Toledo. No entanto, as sucessivas lutas internas fragilizaram a sua estabilidade.
Os visigodos e os hispano-romanos viviam separados pelas leis, língua e religião, pois, enquanto os hispano-romanos eram cristãos, os visigodos eram arianos. Isto impedia a colaboração com a Igreja Católica, a única instituição que mantinha a tradição romana na administração e na vida política e cultural.
A plenitude do reino visigótico teve lugar com o rei Leovigildo, que iniciou uma política de centralização do poder que chocava com os privilégios das elites católicas e com o poder dos suevos. Conseguiu a unidade territorial do reino com a anexação do reino suevo, mudando a capital para Toledo de forma a assegurar a centralização. No ano 589, o rei Recaredo converteu-se ao Catolicismo, adoptando-o como religião oficial do reino visigótico, superando-se assim mais um obstáculo para conseguir a formação de um só povo entre visigodos e hispano-romanos.
A definitiva paridade veio a estabelecer-se no ano 654 com a elaboração de uma lei geral - o Código Visigótico - que se destinava a ser aplicada igualmente a todos os habitantes da Península. Na prática, tal não deve ter acontecido, pois existia uma separação social baseada na riqueza e no sangue, que se pode considerar já como um processo de feudalização.
Os últimos vinte anos do século VII e os primeiros do século VIII foram desastrosos para o reino visigodo. O poder fragmentava-se cada vez mais, fragilizado pelas lutas internas entre facções da nobreza pela sucessão ao trono. As consequentes crises políticas irão, mais tarde, debilitar o reino e, quando em 711 os inimigos do rei Rodrigo pediram auxílio aos muçulmanos de

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