Direito
O Programa Bolsa-Família: seus efeitos econômicos e sociais na região Nordeste do Brasil
RESUMO:
Este trabalho se propõe a realizar uma análise sobre a atuação do Programa Bolsa-Família no Nordeste brasileiro. A escolha desse tema justifica-se à medida que o padrão de desenvolvimento adotado pela economia capitalista, fruto da reestruturação produtiva liderada pela hegemonia do capital financeiro, contrasta com a pobreza nordestina constituída não só mais pelos idosos e deficientes físicos, mas também por trabalhadores ativos, pelas vítimas do desemprego estrutural, pelos jovens sem qualificação profissional, entre outras razões. É neste contexto, que o debate ressurge frente às crescentes demandas sociais. Como procedimento metodológico realizou-se uma revisão bibliográfica abrangendo distintas interpretações para trajetória histórica da política social. Assim, constata-se que as políticas sociais vêm contribuindo para reduzir os elevados índices de pobreza, melhorando o perfil das desigualdades sociais. O Bolsa-Família tem expandido gerando efeitos relevantes, mas ainda é insuficiente para gerar mudanças estruturais. O ideal seria a política social estar articulada com a econômica criando mecanismos capazes de viabilizar projetos de desenvolvimento auto-sustentado.
Palavras-Chave: Crescimento e Desenvolvimento Regional; Região Nordeste; Política
Social; Programa Bolsa-Família. 2
1 INTRODUÇÃO As recentes transformações que ocorreram no interior da economia mundial, frutos da reestruturação produtiva capitalista, liderada pela hegemonia do capital financeiro, repercutiram diretamente na estrutura social dos países, alterando sua tradicional capacidade e forma de intervenção social. Neste contexto, a atual pobreza constituída não só mais pelos idosos e deficientes físicos, mas também por trabalhadores ativos que possuem salários deteriorados, pelas vítimas do desemprego estrutural, pelos jovens