Direito dos animais
Filosofia
Vanessa Alexandra Tavares Nogueira 10º Ano Turma E Nº 20
Será que a prática das touradas é moralmente aceitável? Deveriam os toureiros ser julgados por praticar as touradas?
Neste ensaio pretendo mostrar que as touradas são, se não um desporto moralmente inaceitável, pelo menos inconsequente. Está também nos meus objectivos mostrar que os toureiros devem ser condenados a uma pena, apesar de esta não ter o mesmo peso do que as infligidas aos assassinos. Todos os animais devem ser respeitados e não usados nem maltratados para fins tão supérfluos como o divertimento da espécie humana. O touro é um animal e, portanto, deve ser respeitado e não usado nem maltratado para divertir os humanos. Qualquer pessoa que não concorde com o meu argumento pode afirmar a) que a diversão é um meio para atingir a felicidade e, como tal, não é um “fim supérfluo”, já que a felicidade é uma necessidade vital do ser humano e b) que os animais estão no mundo para nos servir e que, se os touros estão a cumprir o seu papel natural, divertindo-nos, não há razão alguma para contestarmos as touradas. Parecem bons argumentos, mas se os analisarmos com mais cuidado podemos ver que não o são totalmente. Existem várias maneiras bastante aceitáveis de diversão e, como tal, várias maneiras de alcançar a felicidade, que não incluam o sofrimento de um animal. Além disso, se considerarmos a felicidade um motivo suficientemente forte para fazer das touradas aceitáveis, qualquer acto imoral que faça uma pessoa feliz deve ser considerado aceitável. Tomemos como exemplo o seguinte: se a felicidade de um homem consiste em ver crianças a ser violadas, esse acto passa a ser aceitável e permissível, mesmo que horrendo. Logo, este não é um bom argumento. Quanto à afirmação de que os animais existem para nos servir, essa crença vem da religião cristã. No entanto, se eu for ateia, nada me garante que essa crença seja verdadeira. Não posso basear o meu argumento nessa