Direiro
Sofisma ou sofismo em filosofia, é um raciocínio aparentemente válido, mas inconclusivo, pois é contrário às próprias leis. Também são considerados sofismas os raciocínios que partem de premissas verdadeiras ou verossímeis, mas que são concluídos de uma forma inadmissível ou absurda. Por definição, o sofisma tem o objetivo de dissimular uma ilusão de verdade, apresentando-a sob esquemas que aparentam seguir as regras da lógica. É um conceito que remete à ideia de falácia, sem ser necessariamente um sinônimo. Historicamente o termo sofista, no primeiro e mais comum significado, é equivalente ao paralogismo matemático, que é uma demonstração aparentemente rigorosa que, todavia, conduz a um resultado nitidamente absurdo. Atualmente, no uso frequente e do senso comum, sofisma é qualquer raciocínio caviloso ou falso, mas que se apresenta com coerência e que tem por objetivo induzir outros indivíduos ao erro mediante ações de má-fé. De modo aproximado, sofisma é o enunciado falso que parece verdadeiro numa compreensão superficial. Tradicionalmente, nem todo enunciado que parece verdadeiro é considerado sofisma. O tipo de semelhança que determina o sofisma geralmente é a relacionada com a forma lógica do enunciado. Também é comum considerar como sofisma aqueles enunciados aparentemente verdadeiros, em função de induções malfeitas, provavelmente devido à contigüidade que sempre existiu entre lógica e epistemologia na história do pensamento. Há outros enunciados que parecem verdadeiros, mas que não costumam ser arrolados como sofisma. Um exemplo disso é a versão de um criminoso tentando se livrar da acusação do crime. A versão pode parecer verdadeira, mas nem por isso vai ser chamada automaticamente de sofisma. A especificação exata do tipo de semelhança com a verdade que caracteriza o sofisma não é possível nem desejável. É impossível em função da disparidade entre os sofismas tradicionais e indesejáveis porque fecha o conceito