Dignidade Humana e Paz
O ser humano desde que existe sempre lutou por liberdade: liberdade física, jurídica, econômica, política e liberdade interior. Um ato livre não termina nele mesmo. Portanto, a liberdade não é fim em si mesma. Sempre se coloca um valor. Na ação de escolher sempre se posiciona um valor.
O ser humano se caracteriza como um ser de diálogo. E, por isso possui uma índole social, vivendo num plano sócio-econômico, cultural-religioso.
Neste contexto ele luta pela liberdade, buscando sempre a comunhão e a participação e não a discriminação nem a dominação.
Nessa perspectiva a liberdade contém 5 dimensões:
1) Trata-se de um dom de Deus. E por isso aceita com gratidão.
2) Constitui-se uma tarefa. O homem deve construí-la. Cada um tem a tarefa de libertar-se interiormente para poder ajudar os outros a se libertarem.
3) A liberdade é vista como disponibilidade, ou seja, como abertura para ajudar os outros. Quer levar a comunhão e a participação.
4) É o domínio da natureza. Não no sentido de destruí-la,mas no sentido de adaptá-la e transformá-l pela ciência e a técnica, para um melhor instrumento de comunhão e participação.
5) A transcendência. O ser humano é livre para elevar-se acima da natureza e de si próprio. Está aberto para Deus e deve realizar-se em Deus.
Dignidade humana e paz quer englobar o respeito aos direitos fundamentais do ser humano em todas as etapas de sua vida e em todas as circunstâncias em que se encontrar.
Além de promover todos esses direitos, quer resgatar a atenção preferencial dos profetas bíblicos pelos pobres e excluídos e a verdade por eles proclamada, de que: “a justiça produzirá a paz” (IS. 32, 17).
Neste novo milênio o propósito das igrejas e religiões é um novo milênio sem excluídos. Porque, se alguém é excluído, a dignidade humana de todos é, efetivamente, posta em dúvida e a paz é de mentira.
Quem deseja “ver” o rosto de Deus, não deve limitar-se a fechar os olhos ou apenas fazer