Diferentes concepções da infância e adolescência: a importância da historicidade para sua construção.
Fichamento
O texto em questão vem retratar dois questionamentos: “o que é ser criança”, “o que vem a ser a adolescência”. Ser criança como sendo uma fase onde seus maiores desejos é apenas viver o presente sendo feliz nas coisas mais simples da vida como sonhar, fantasiar, brincar, comer bolo. Já ser adolescente seria a fase de libertação onde prevaleceria ideias de rebeldia, confusão e chatices. Contudo ao observarmos o mundo ao nosso redor percebemos que nem todas as crianças e adolescente se enquadram nesse padrão preestabelecido. Dessa forma vemos que existem diferentes grupos e concepções teóricas que refletem e tentam explicar a criança e o adolescente na sociedade ocidental. Para Scilar (1995) existe uma multiplicidade de infâncias em nossa contemporaneidade onde nem todas podem viver felizes. Podemos também hoje ver que os conceitos de criança e adolescente são construídos e compreendidos historicamente, tendo, portanto múltiplas emergências. Alguns autores sustentam o ser humano adulto como sendo um ser totalmente maduro, realizado, independente, autônomo, livre e racional. Frente a isso existe a crise da razão moderna onde reside uma crescente desilusão de ceticismo com sua incapacidade para compreender a complexidade humana. Os projetos pós-modernos não existe conhecimento absoluto, apenas conhecimentos socialmente sendo construídos por todos a todo instante. Dessa forma não existe apenas uma verdade, mas várias dependendo da realidade de cada individuo. Dessa forma, as distintas concepções sobre a criança e o adolescente são construídas por pensamentos dominantes e tendenciosos historicamente absorvidos por nos.
Alguns autores retratam a criança como sendo um ser raso, vazio, fantasioso e que vive em um mundo paralelo. Autores estes que veem a criança apenas em aspectos negativos para nossa atual sociedade onde estas não apresentam qualquer