Dietoterapia para Disfagia
Por Simone Biacchi Prass. Visualizada 14528 vezes.
O tratamento dietoterápico para a disfagia tem alguns objetivos:
- Prevenir que o paciente aspire, sufoque-se ou engasgue-se com o alimento ou líquido;
- Facilitar a deglutição, deixando-a segura e independente, diminuindo, assim o risco de aspiração (entrada de líquido nos pulmões);
- Fornecer nutrientes necessários, manter e recuperar o estado nutricional do paciente, evitando e corrigindo a desnutrição.
Dieta oral:
Ao serem oferecidos ao paciente, os alimentos devem ser analisados quanto à sua textura, consistência, viscosidade, adesividade, firmeza e densidade. É importante que a alimentação oral se inicie utilizando líquidos espessados (com o auxílio de substâncias espessantes) para evitar os refluxos (o alimento volta do estômago através do esôfago provocando vômitos). Os líquidos, devido à sua baixa viscosidade, não devem ser administrados durante a reintrodução da alimentação oral, pois favorecem o risco de aspiração.
Faz-se necessário o ajuste da textura dos alimentos pastosos e líquidos de acordo com as condições do paciente. A consistência mais adequada dependerá da avaliação clínica do paciente e uma análise detalhada do grau de disfagia. Isso dará subsídios para o nutricionista e o fonoaudiólogo indicarem a melhor consistência da alimentação oral.
Alimentos que devem ser evitados:
- Água pura, refrescos muito líquidos, leite puro, café e chás, devido ao risco de aspiração;
- Alimentos que esfarelam como bolo, torrada e biscoito, também devido ao risco de aspiração;
- Alimentos como biscoitos secos, arroz seco, flocos de cereais secos, pães crocantes e miolo de pão;
- Queijos secos ou derretidos;
- Ovos muito cozidos;
- Carnes sem molhos e em grandes pedaços, e peixes com espinhas;
- Frutas cruas (exceto banana);
- Frutas secas como banana passa, uva passa e damasco;
- Frutas muito fibrosas como abacaxi e manga;
- Hortaliças cruas