Teologia - busca de sentido
Em alguns países pobres do mundo, principalmente na América Latina e no Caribe, quando houve o nascimento da Teologia da Libertação, o maior fato era a opressão das grandes maiorias, e a grande contradição se configurava no binômio opressão-libertação. Esses países vivem o drama da exclusão, gerado pelo neoliberalismo hegemônico.
A teologia tem o papel de traduzir a revelação para que a vida possa ser compreendida na perspectiva da fé no Deus. Refletir sobre a opressão/libertação do contexto histórico onde se desenrola a revelação divina, e a partir daí podemos compreender os significados da fé, amor, graça, paz, pecado e salvação.
A Teologia da Libertação busca se construir a partir da perspectiva das vítimas, por exemplo, os pobres são o lugar da onde se pensa o conceito de Deus, ser humano, graça, história. A revelação de Deus se faz sempre em solidariedade com os oprimidos.
Surgem algumas perguntas como “de que maneira falar de um Deus que se revela como amor, numa realidade marcada pela pobreza e opressão?”. A Teologia da Libertação surge da angústia e do sofrimento dos humanos, provém do esforço por dar sentido ao sofrimento humano quando vítimas de opressão e exploração organizadas. É a origem de toda Teologia da Libertação, de toda teologia negra, a Teologia da Libertação da África.
Qualquer ponto de partida, que ignora Deus em Cristo como Libertador dos oprimidos ou que torna a salvação como libertação secundária, torna-se herético. Para conseguir dar sentido a vida das pessoas nessa situação de opressão e ser crível, a teologia tem de retomar os pontos fundamentais da tradição bíblica.
A teologia deve anunciar a vida, antes de ser agradável. Deverá satisfazer as necessidades básicas, antes da satisfação dos desejos. O essencial é salvar a pessoa humana, pois Deus clama pelos excluídos, devido ao desumano de sua situação.
Os cristão são chamados para transformar essa realidade injusta, fazendo com que essa