Didática
Introdução
Na medida em que se analisa a falta de participação no âmbito da escola, questiona-se sobre os condicionantes políticos, históricos, econômicos e sociais desta possível não participação. Contudo, não temos ainda uma cultura de participação no interior da escola. Este trabalho tem, portanto, o objetivo de reunir reflexões de alguns autores sobre os processos de definição e desenvolvimento desta democracia, possibilitando, em certa medida, compreender alguns aspectos que condicionam ou condicionaram a cultura de participação no interior da escola, a qual ainda falta muito para avançar.
A escola expressa um projeto social e, por isso, ela não se acaba em si mesma, mas caminha para uma intencionalidade coletiva e social, ela depende das políticas de gestão pública. Contudo, a democratização da gestão e da própria escola só se efetivará quando a própria comunidade, tomada pela conscientização do processo democrático, conceber-se no seu papel de partícipe deste processo, uma vez que é para o público que se destinam as políticas e a escola.
É democrático na escola: uma educação com qualidade; a socialização do saber construído historicamente pela humanidade; a elevação cultural das massas; o tratamento igualitário a todos; a participação ativa dos cidadãos na vida pública (tendo como exercício desta a tomada de decisões dentro da escola); o exercício da cidadania; a participação dos profissionais e da comunidade escolar; a autonomia de gestão administrativa e pedagógica; a mobilização dos segmentos de gestão a partir de suas várias instâncias - Conselhos Escolares, Grêmios Estudantis, Associação de Pais e Professores, enfim, a construção coletiva do Projeto Político-Pedagógico. Ou seja: é também, e essencialmente, na perspectiva do “controle social” que se espera a concepção de gestão democrática. Ocorre que esta participação, tão sonhada, nem sempre é concreta na escola e nem sempre a própria escola tem