A existência do ser humano
O ser humano - que atribui a si mesmo essa nomenclatura - humano - que é o inverso das características que apresenta, pois “humano” significa também - humanitário, bondoso, compassivo, caridoso - características que raramente o homem desenvolve, de modo que não se pode dizer que sejam inatas à espécie - criou sobre a sua existência toda uma teoria fundamentada em sua própria megalomania. É esse exacerbado delírio de grandeza, que faz o homem a si mesmo se engrandecer sobre todas as coisas, e que já o fez crer, por exemplo, que o planeta em que habita é o centro do Universo, que igualmente o impede de vislumbrar que ele só comprovaria sua alegada superioridade se trabalhasse, em todos os setores, em prol da vida - e não da morte; se promovesse a união, a convivência pacífica entre todos os seres; se o esteio, a proteção, o amparo de todas as outras espécies. Ao revés, o homem vem sendo o grande agitador, promovedor de violências, de insanidades sem qualquer propósito, de crueldades injustificadas, promotor da extinção das outras espécies, do desequilíbrio do meio ambiente, e de conflitos sem fim pois continuamente está em guerra com os seus mundos - interior e