Didática
A competência em seus ofícios é um dos objetivos de qualquer bom profissional. A vivência e o conhecimento são meios para que tal sucesso seja adquirido: o conhecimento das variáveis que intervêm na prática e a experiência para dominá-las. Como outros profissionais, todos nós sabemos que entre as coisas que fazemos algumas estão muito bem feitas, outras são satisfatórias e algumas certamente podem ser melhoradas. É provável que a melhoria de nossa atividade profissional passe pela análise que fazemos e nossa prática em contrastes com outras práticas, mas precisamos de, além dessas comparações, critérios que nos possibilitem fazer uma avaliação racional e fundamentada. Nós, professores, também dispomos de marcos teóricos que podem nos ajudar a explicitar nossas propostas. Mas o problema não consiste nos conhecimentos teóricos que temos e sim se para desenvolver a docência é necessário dispor de modelos ou marcos interpretativos. Sua intenção (do autor) não é dissertar sobre técnicas de ensinar, mas em última análise parte do pressuposto que os docentes, independentemente do nível em que trabalhem, são profissionais, que devem diagnosticar o contexto de trabalho, tomar decisões, atuar e avaliar a pertinência das atuações, a fim de reconduzi-las no sentido adequado. O planejamento e a avaliação dos processos educacionais são uma parte inseparável da atuação docente, já que o que acontece nas aulas, a própria intervenção pedagógica, nunca pode ser entendida sem uma análise que leve em conta as intenções, as previsões, as expectativas e a avaliação dos resultados. De todas as variáveis que incidem sobre os processos de ensino/aprendizagem, se denominam atividade ou tarefa as seguintes: exposição, debate, leitura, pesquisa, exercício e estudo. Elas são unidades básicas do processo de ensino/aprendizagem, cujas variáveis determinam relações interativas professor/alunos e alunos/alunos.
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