Didática e Prática do Ensino de História: Abordagens historiográficas recorrentes no ensino fundamental e médio.
Concebe-se história como o estudo da experiência humana no passado e no presente. A história busca compreender as diversas maneiras como homens e mulheres viveram e pensaram suas vidas e a de suas sociedades, através do tempo e do espaço. Ela permite que as experiências sociais sejam vistas como um constante processo de transformação; um processo que assume formas muito diferenciadas e que é fruto das ações dos próprios homens. O estudo da história é fundamental para perceber o movimento e a diversidade, possibilitando comparações entre grupos e sociedades nos diversos tempos e espaços. Por isso, a história ensina a ter respeito pela diferença, contribuindo para o entendimento do mundo em que vivemos e também do mundo em que gostaríamos de viver.
A chamada história tradicional, conhecida como positivismo histórico, dominou o século XIX, sendo discutida, questionada e transformada ao longo do século XX. Assim, desse movimento de críticas e diálogo nasceu e desenvolveu-se, a partir da Escola dos Annales, a chamada Nova História.
A história tradicional positivista utiliza como fontes de estudo os documentos oficiais e não oficiais escritos (leis, livros); também valoriza os sítios arqueológicos, as edificações e os objetos de coleções e de museus como moedas e selos. Os sujeitos da história tradicional são as grandes personalidades políticas, religiosas e militares. São os reis, líderes religiosos, generais, grandes empresários. São atores individuais, heróis que geralmente construtores da história. Em fim, a história tradicional privilegia o estudo dos fatos passados que são apresentados numa sequência de tempo linear e progressiva.
Em oposição a essa idéia a Concepção benjaminiana confronta diretamente com a historiografia positivista. Ele crítica a sequência temporal linear e evolutiva do progresso da humanidade, afirmando que “ a crítica da idéia