Didática de ensino
“ Que fazes do poder dialético
da constelação de causas e efeitos que puseram em tuas mãos como um colar de estrelas e de sóis? Que fazes, espírita, do ministério revelado Erguendo a lápide como Lázaro? Queres dormir ao som de rezas e promessas? Queres sonhar com fadas e gnomos Revividos em guias protetores Quando o combate é teu, a luta é tua, é tua a experiência Ninguém pode abrir O desvão de pedra que te compete Que pertence às tuas mãos e aos teus ombros?
Ouve, ouve ao longe, sacudindo continentes e oceanos, O soluço do mundo Ouve o coro Não dos anjos celestes nimbados de luz Mas dos anjos famintos e sujos Fenecendo como flores na lama! Ouve o urro dos irmãos convertidos em chacais E atira-te Atira-te Atira-te A construir sobre o sangue e as lágrimas Certo Sereno Firme Seguro Confiante Como o ferreiro que conhece o poder do martelo O ritmo da forja.
Caminha firme para a frente! Não mais o crucifixo, a morte, o luto, o desespero, A câmara fúnebre, Não mais a paixão e as trevas, a lança e os cravos, Mas a ressurreição A vida O espírito A alvorada fremindo em teus olhos Como um pássaro na vertigem do vôo Para que a terra se eleve Estrela e sol Grito e clarão Sonho e aroma Flor e fruto Relâmpago e trovão Na escala dos mundos.
Essa a tua missão Oleiro esquecido no barro da terra. Esse o teu dever, Ergue o planeta nas mãos Vaso Modelado por ti mesmo Amassado em teu sangue e em tuas lágrimas. Ergue-o dos dedos
Ardente e sonoro
Como um cântaro fresco.” (1)
Mensagem do
Professor José Herculano Pires
CONCEITOS DE DIDÁTICA DE ENSINO VOLTADOS À EDUCAÇÃO ESPÍRITA
INTRODUÇÃO
Ao longo dos tempos, a educação