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Capítulo 1 – Um silêncio que explica muita coisa
“De carro ou de ônibus, você já deve ter passado por muitas cidades pobres, consideradas pouco desenvolvidas, que ficam na beira de qualquer estrada do
País. Infelizmente, essa cidade pode até ser aquela em que você vive.
Em geral, o que você vê nessas ocasiões? Muitos canteiros floridos? Bancos de pedra circundados por jardins bem-cuidados? Magníficas esculturas de artistas locais? Um portal fabuloso, onde jovens da localidade dão as boas vindas aos visitantes e entregam flores e folhetos contando a história e descrevendo a geografia do município e o que ele tem de bom, os produtos que fabrica, as festas que realiza?
Não. O que você vê são peças de carro enferrujadas, pneus velhos, refugo de material de construção, fachadas sujas, paredes faltando pedaços ou com o reboco descascado, vidros basculantes quebrados. E, além disso, entulho e lixo. Muito lixo amontoado.
Realmente é muito triste.
Se você entrar nessa cidade e perguntar às pessoas que vivem ali porque elas não cuidam da fachada da sua própria cidade, elas olharão espantadas e responderão: “Ora, porque eu não tenho nada a ver com isso”. Ou então dirão:
“A culpa é dos políticos, que não fazem nada”.
Se você retrucar – “Mas já que os políticos não fazem nada, por quê vocês mesmos não tomam a iniciativa? Será que vocês não podem juntar aí umas vinte ou trinta pessoas e, num domingo de manhã qualquer, promover um mutirão para remover o lixo, caiar as fachadas das casas, consertar as paredes, substituir os vidros quebrados?” – provavelmente ouvirá o silêncio como resposta. Preste bastante atenção nesse silêncio. Ele explica muita coisa. Capítulo 2 – O silêncio que explica porque uma localidade é considerada pouco desenvolvida
Bom, mas aí você entra na cidade e procura as lideranças locais: o prefeito, os vereadores, os líderes comunitários, os presidentes dos