Diana
A língua portuguesa deriva do Latim, sendo por isso considerada uma língua românica, à semelhança do Francês, Castelhano, Italiano, entre outras. A passagem do Latim ao Português não foi, contudo, rápida, mas fruto de uma evolução lenta.
A origem latina do Português está associada à ocupação da Península Ibérica pelos Romanos. Os povos que a habitavam sofreram influências culturais dos Romanos que, para além dos hábitos e leis, também trouxeram a língua. O latim falado pelos soldados e colonos invasores, era tosco e popular, designando-se por latim vulgar. Contrariamente, as classes mais cultas dominavam um latim distinto, designado por latim literário.
Antes dos romanos, contudo, já o território da Península havia sido dominada por outros povos, nomeadamente os celtas. Os romanos, apesar de povo vencedor, acabaram por adotar algum vocabulário já existente e pertencente aos vencidos. A este conjunto de palavras de origem celta dá-se o nome de substrato celta. São exemplos: camisa, cerveja, carpinteiro.
Um fenómeno inverso também aconteceu. Mais tarde, os romanos também passam de vencedores a vencidos. É o povo germânico, e mais tarde o árabe, que passa a dominar na Península. Estas novas invasões não implicam, contudo, uma nova língua, tendo os invasores adotado a língua já existente e acrescentando algum vocabulário das suas próprias línguas, como guerra, baluarte, galope, no caso dos germânicos, e álcool, alfaiate, algarismo, no caso dos árabes. A estes fenómenos dão-se os nomes de superstrato, germânico e árabe, respetivamente.
A conjugação destas origens vai transformando a língua peninsular, de tal modo que em meados do século XII o nordeste tem já uma língua muito afastada do Latim, o galaico-português. Com a independência de Portugal, a língua evolui de forma diferente em Portugal e na Galiza.
Ao longo dos séculos, foi necessário adaptar os vocábulos às necessidades dos falantes. Os homens do