O silêncio de diana
Prólogo
Não sabia em que armadilha havia me metido, correndo com uma criança em meu colo, quis que a noite continuasse a me dar forças para seguir em frente. É horrível deixar quem mais amo para trás, mas, tive que fazer essa escolha. Entre salvar dois filhos. É muito triste para uma mãe escolher. Se eu pudesse teria salvo os dois, mas decidi salvar minha filha linda. Correndo desesperada, é como vou seguindo agora, furtivamente. Me ofuscando em cada sombra que a rainha da noite não tocasse. Maldita lua cheia. Fizeste meu amor, parte de teu ventre, descendentes daqueles lobos malditos. Estava muito assustada, e no colo trazia minha filha, filha do meu ventre. As coisas nunca mais serão as mesmas. Thomas, espero que Joel esteja bem.
Encontrei minha limusine, parada em frente a floresta , a qual perambulei . Olhei para trás na esperança de ver meu querido Thomas. Mais a minha frente só a escuridão assolava os matos. Antes que eu começasse a gritar seu nome, fui tomada pelo medo. Medo da minha realidade. Ao longe um lobo uivava, comandando seu exercito a minha busca. Vicent me acolheu em seus braços.
-Dirtys, querida, vamos embora, a alcatéia está a poucos metros da gente. Nós temos que esconder a garota. –Vicent me dizia isso com a maior frieza do mundo, ainda estava repugnada pelo que havia ocorrido. Ele pegou a criança do meu colo, e olhou a fixamente. Vi que ele se segurava. Também o cheio de sangue escorrendo da criança era notório de longe. Interrompi seu transe, na maior educação possível.
-Me der meu bebê, por favor.
Ele me passou a menina e fiquei maravilhada com seus olhos que brilhavam como a lua cheia daquela noite. Entramos no carro. E Vicent acelerou, arrancando 120 de velocidade.Nós voávamos sobre rodas. E a cada distância percorrida daquela floresta, a tristeza e raiva tomava meu coração.
-Então já pensou num nome para a menina? – Vicent perguntava olhando pelo retrovisor para se comunicar visualmente