Dialetos da Região Nordeste do Brasil

Dialetos da Região Nordeste do Brasil
[7] Dialeto Nordestino:
O dialeto nordestino é a variante da língua portuguesa usada na maioria dos estados do Nordeste brasileiro. Juntando todos os dialetos falados na região, podem ser encontrados os dialetos com maior número de falantes, com mais de 53.078.137, sofrendo variações. Segundo a classificação proposta por Antenor Nascentes, esses dialetos, juntamente com os dialetos amazônicos, constituem o chamado português brasileiro setentrional, em comparação com as variantes do português faladas nos demais estados brasileiros.
O estudo do dialeto nordestino teve como marco a obra de Mário Marroquim, A Língua do Nordeste, 1945.
Variantes:
As variantes dialetais (ou sub-dialetos) em que se subdivide o dialeto nordestino são:
Dialeto Interiorano: É a forma típica do dialeto nordestino, caracterizada por apresentar forte som dental nas consoantes /d/ e /t/ antes da vogal /i/ (mesmo em sílabas finais "de" e "te") e por palatalizar fricativas antes de /d/ (/z/ vira /ʒ/) e /t/ (/s/ vira /ʃ/), e também a mais difundida pela mídia quando se trata do Nordeste. Falado nas regiões Agreste e Sertão, possui expressões bem típicas em cada estado. Ocorre na maioria dos estados nordestinos, onde geograficamente vai do Rio Grande do Norte até Sergipe, em algumas regiões da Bahia(Nordeste Baiano e microrregiões de Juazeiro e Paulo Afonso) e na porção Sul do Ceará (na região da Serra do Pereiro e nas mesorregiões Sul e Centro-Sul, as duas últimas popularmente conhecidas como Cariri).2
Dialeto Mateiro: Ocorre, como o nome mesmo sugere, na região da Zona da Mata, em estados que possuem essa região. Muito parecido com o dialeto interiorano, porém sofre influências dos dialetos de outras regiões do Brasil, e até mesmo de outras variantes dialetais nordestinas. É conhecido pela maneira de falar "mais rápida" que a do interior, além de expressões não existentes no dialeto interiorano. Este sub-dialeto é característico das metrópoles